
A cooperação interuniversitária para o desenvolvimento da pesquisa e de outras atividades acadêmicas e culturais é a meta do Consórcio Pernambuco Universitas, firmado entre a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e Universidade de Pernambuco (UPE). O convênio, inédito no Brasil, foi assinado na manhã da terça-feira (25), no Salão Receptivo da Unicap, no Recife, na presença dos reitores das cinco instituições de ensino.
O Consórcio Pernambuco Universitas tem como objetivo promover a cooperação técnica, científica, educacional e cultural entre as cinco universidades pernambucanas, visando ao desenvolvimento e à execução conjunta de programas e projetos, além de ações de intercâmbio. Desta forma, o acordo integra as diferentes competências e amplia as possibilidades de atuação das instituições na esfera internacional.
“Este convênio permite que nós busquemos pontos em comum, as complementaridades entre as nossas instituições em torno de uma agenda que fortaleça a educação superior”, afirmou o reitor da UFPE, Anísio Brasileiro. “O retorno concreto será o fortalecimento da educação superior, a sua expansão e o aproveitamento das competências de cada um”, completou.
O consórcio foi assinado pelos reitores Pedro Rubens Ferreira Oliveira (Unicap), Anísio Brasileiro (UFPE), Maria José de Sena (UFRPE), Julianeli Tolentino de Lima (Univasf) e Carlos Calado (UPE). O convênio vigorará por cinco anos, a partir da data da assinatura, podendo ser prorrogado por meio de aditivo. Inicialmente, a Unicap assume a liderança do consórcio, mas essa tutoria será rotativa.
A cooperação abarca áreas de interesse comum em ações de intercâmbio de docentes, pesquisadores e estudantes; na implementação de projetos de pesquisa; na promoção de eventos científicos e culturais; e no intercâmbio de informações e publicações acadêmicas. Os recursos materiais, humanos e financeiros necessários à execução das atividades serão fornecidos pelas universidades componentes do convênio, de acordo com as respectivas disponibilidades ou mediante captação junto a organismos oficiais, governamentais ou privados, nacionais ou estrangeiros.
“Nossa intenção é incorporar políticas públicas e fazer avanços na inclusão”, disse o padre Pedro Rubens, da Unicap. Ele explicou que o acordo vence as barreiras universitárias individuais e constroi uma plataforma comum em benefício de toda a sociedade.
A reitora da UFRPE, Maria José de Sena, ressaltou o papel das universidades no processo de desenvolvimento social, uma vez que representa a base da formação de pesquisadores, o que reforça a relevância do consórcio. O reitor Julianeli Tolentino de Lima, da Univasf, comemorou a assinatura do acordo e espera que as ações apresentem novas visões e resultados úteis para a sociedade em prol do desenvolvimento.
Para o reitor da UPE, Carlos Calado, o compartilhamento de compromissos e responsabilidades é a chave para a união dos sistemas de ensino superior brasileiros, servindo de exemplo na promoção de políticas perenes no setor de educação.
MÚSICA – A cerimônia de assinatura do Consórcio Pernambuco Universitas contou com apresentação musical dos professores Tomás Lapa (UFPE) e Percy Marques (Unicap).
ORIGEM – A ideia do consórcio começou a surgir a partir da participação dos reitores das cinco universidades no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado, a convite do então governador Eduardo Campos. O modelo de atuação consorciada entre as instituições pernambucanas foi inspirado no protocolo de intenções para fortalecer a cooperação acadêmica entre as universidades de Pernambuco e as principais universidades de Toulouse, na França, assinado no dia 12 de dezembro de 2013, em Brasília, com a presença do presidente francês, François Hollande, e do ministro da Educação do Brasil, Aloizio Mercadante.
A atuação consorciada foi implantada com sucesso na França, na região do Midi-Pyrénées, onde se originou o consórcio francês. Essa iniciativa teve repercussão em toda a França, contribuindo para a edição de uma lei nacional sobre o ensino superior e a pesquisa, com o objetivo de transformar os Polos de Pesquisa e Ensino Superior em Comunidades de Universidades e Estabelecimentos de Ensino.