Sessão Solene pelo Dia Internacional da Mulher

Deputada Janete Rocha Pietá, Presidenta da Bancada Feminina, que preside os trabalhos desta sessão, uma saudação toda especial; Senador Inácio Arruda; Senadoras Ana Rita e Vanessa Grazziotin; Deputadas Iracema Portella e Elcione Barbalho; Sras. e Srs. Deputadas; Sras. e Senadores, quero também saudar as homenageadas. Desculpem-me por não citar o nome de todas – o tempo é curto -, mas eu as abraço na pessoa de Ana Maria Pacheco, in memoriam. Eu a conheci de perto; era colega pernambucana das muitas lutas que travei naquele Estado. É com muita alegria que venho falar, em nome do PCdoB, nesta sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. O dia 8 de março, como disseram muitas oradoras que me antecederam, reveste-se este ano de um significado singular: pela primeira vez na história do Brasil, temos uma mulher como Presidente da República. Isso dá uma perspectiva diferenciada para todas as pessoas. Esta mulher, temperada na luta, com convicções ideológicas firmes, sem dúvida nenhuma, conduzirá os rumos do País para a democracia, para a justiça social. Infelizmente, a história oficial deste País pouco valorizou o papel das mulheres. Foi citada aqui a força da presença da mulher na formação social do Brasil, desde o século XVI. Citamos Catarina Paraguaçu, Nísia Floresta, as Heroínas de Tejucupapo, que resistiram à invasão holandesa. Nísia Floresta, que também era do Rio Grande do Norte, escreveu o livro “Direitos da Mulher e Injustiça dos Homens“, o primeiro livro a tratar dos direitos das mulheres no País. Citamos também Bertha Lutz, a precursora na luta feminina, Chiquinha Gonzaga e tantas outras, que se destacaram no campo das artes. Infelizmente, na hora da Liderança do PCdoB, o tempo diminuiu. Quero dizer, para finalizar, que avançamos muito, mas há uma longa estrada a percorrer. Há uma ameaça em relação à Lei Maria da Penha, e penso que essa questão deve estar na ordem do dia. Devemos, como representantes do poder público e porta-vozes da maioria da população brasileira, com firmeza, lutar em defesa da Lei Maria da Penha, porque ela significa a defesa da mulher na sociedade. Somos 40% da população brasileira economicamente ativa, mas somos pouco menos de 10% no Parlamento. Precisamos, portanto, de mais Estado. Nem o Estado mínimo, nem o Estado máximo; o Estado necessário para podermos enfrentar as desigualdades em que vive a mulher. Reza o estereótipo que as mulheres falam demais, mas elas poderiam falar muito mais se pudessem ser ouvidas. Um grande beijo para vocês. Feliz Dia Internacional da Mulher! 

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