Salve 15 anos do Coco da Umbigada

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Nos 15 anos do Coco de Umbigada, a deputada Luciana faz pronunciamento parabenizando o grupo cultural pelo importante espaço de resgate das tradições culturais e da ação comunitária. 
 
Senhor Presidente;
 
Gostaria de parabenizar o Grupo Cultural Coco da Umbigada pelos seus 15 anos de efetiva contribuição à cultura popular de Pernambuco e do Brasil. A Sambada de Coco do Guadalupe, promovida pelo grupo é um importante espaço de resgate das tradições culturais, da ancestralidade e da ação cultural comunitária. 
 
Assim, Sr. Presidente, peço a V.Exa. que considere como lido este meu pronunciamento, em homenagem, e enviar os mais fraternos abraços à Beth de Oxum, valorosa guerreira das causas da Cultura, das Artes e das Tradições Populares no Estado de Pernambuco. E estender esse abraço a todos os que fazem o Coco da Umbigada, desejando muitos anos mais para honrar com suas atividades a nossa rica e diversa cultura brasileira.
 
Muito obrigada. 
 
Para dar como lido:
 
Há 15 anos nascia o Grupo Coco de Umbigada, retomando a tradição originária da comunidade de Paratibe, no município de Paulista, na região metropolitana do Recife. No século passado, os Mestres Coquistas João Amâncio e Zé da Hora realizavam ali a manifestação espontânea e tradicional conhecida no nordeste como Sambada de Coco. Esta celebração era realizada com os familiares e a comunidade local. Com a morte dos Mestres, o Coco se calou por quase 40 anos.
 
Em junho de 1998 a musicista e articuladora social Beth de Oxum e seu marido, o músico Quinho Caetés, neto dos saudosos Mestres Coquistas, articularam toda a família e a comunidade, recuperaram a secular zabumba ancestral – que era usada pelos Mestres – e voltaram a realizar a Sambada de Coco na comunidade do Guadalupe, em Olinda – PE. Nasceu então o Grupo Cultural Coco de Umbigada, que recebe os mestres e as mestras convidadas na comunidade e realiza apresentações por todo o Brasil e em outros países.
 
O coco de umbigada é uma vertente do coco que se caracteriza pela marcação ritmada pela zabumba, e que só é praticada pelos membros da família e do Grupo Cultural Coco de Umbigada. Em todo o nordeste, somente nas comunidades de Paratibe e do Guadalupe essa musicalidade é praticada, retratando fundamentos do candomblé e da jurema sagrada, louvando orixás, caboclos, mestres juremeiros e os espíritos sagrados da mata.
 
Como anfitrião da Sambada de Coco do Guadalupe, que há 15 anos abre espaço para mestres e mestras de Olinda e da Região Metropolitana do Recife, o Grupo constrói sua história dialogando com outras vertentes do coco, e também com outros ritmos. Na Sambada, em eventos externos ou participando do trabalho de outros artistas e produtores, o Coco de Umbigada convive com dezenas de outras vertentes do coco, além do afoxé, maracatu, hip-hop, samba-reggae, ciranda e outros ritmos, produzidos pelas comunidades e artistas afro-indígenas brasileiros.
 
Luciana Santos (PCdoB/PE)

 

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