
Reconhecida nos corredores do Congresso Nacional como a ex-prefeita de Olinda, Cidade Patrimônio, a deputada Luciana Santos faz jus à fama de defensora das causas da Cultura. Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Cultura e vice-presidente da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, Luciana dedicou atenção especial no ano de 2014 ao diálogo para que propostas importantes como o Vale-Cultura e o Sistema Nacional de Cultura pudessem ser efetivamente implantados.
A deputada também acompanhou o trâmite de processos junto a Iphan e comemorou com os pernambucanos o tombamento de parte das praças de Burle Marx no estado, e a inscrição do Maracatu de Baque Solto, do Maracatu Nação e do Cavalo Marinho como patrimônios culturais brasileiros. “Tem grande significado o Estado brasileiro reconhecer essas manifestações como forma de expressão da cultura brasileira”, disse a deputada em sua saudação ao conselho. “É papel de todos nós fazer valer a identidade do povo brasileiro e estejam certos que essa decisão terá como rebatimento o fortalecimento dessas expressões”, continuou.
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Na CCult Luciana provocou o debate sobre o potencial da economia criativa do setor de jogos eletrônicos e digitais no Brasil. Os convidados ressaltaram o valor da iniciativa, uma vez que os games não são reconhecidos como cultura e essa se constitui numa reivindicação dos profissionais da área. A deputada destacou que é preciso observar a necessidade de diminuição da defasagem tecnológica entre o Brasil e outros países, considerando a necessidade de fomento e de um marco regulatório para o setor. “Por outro lado, falar da criação nacional de jogos digitais é falar também da criatividade do povo brasileiro, que pode agora ser expressa e amplamente difundida através das mídias digitais, podendo se tornar cada vez mais uma ferramenta educativa e de fortalecimento da cultura popular”, completa.
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O ano na CCult encerrou com um grande debate sobre os 10 anos do Programa Cultura Viva e a necessidade de regulamentação da Lei Cultura Viva que transformou o programa em política de Estado. A deputada Luciana Santos mediou o debate e destacou que considera a Lei Cultura Viva a política pública mais inovadora dos últimos tempos. “Isso porque a lei é inspirada nesse conceito de que é preciso reconhecer aquilo que já é produzido e praticado por milhares de brasileiros que através das suas histórias conseguem produzir toda essa riqueza cultural”.
Entre os desafios citados pelos debatedores estão a adoção de uma rubrica de acessibilidade, o envolvimento de pequenos municípios, a regulamentação de grupos e coletivos sem CNPJ e a maior circulação de conteúdos. Hoje, o país possui mais de três mil pontos de cultura em funcionamento e a a expectativa é de que esse número chegue a 15 mil até 2020.
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De Brasília;
Ana Cristina Santos