Pernambuco: Mais mulheres trabalham na indústria e construção civil

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2011-08-15 obras-para-a-copa-de-2014-reunem-mais-mulheres-na-construcao-civil ggPesquisa do Dieese mostra que das 4 mil novas vagas criadas na indústria de transformação, 3 mil foram ocupadas por mulheres. Já na construção civil, surgiram 10 mil novos postos de trabalho na RMR durante 2013, dos quais mil foram preenchidos por mulheres. No entanto a discriminação ainda aparece. Elas são maioria entre os desempregados e ainda recebem salários menores para o mesmo trabalho.
Do JC Online

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Mais mulheres passaram a trabalhar na indústria da transformação e na construção civil no ano passado na Região Metropolitana do Recife (RMR). Foram 3 mil trabalhadoras contratadas na indústria da transformação e mil na construção civil. “Apesar de os números serem pequenos, é uma boa notícia, porque a indústria de transformação é um emprego formal, que paga salários melhores”, conta o coordenador da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Jairo Santiago.

Algumas empresas de engenharia já dispõem de mais mulheres funcionárias em relação aos homens. “Cerca de 60% do nosso quadro são de mulheres. A mão de obra masculina migrou para Suape. Temos engenheiras, arquitetas e muitas funcionárias na área comercial”, conta o diretor da Maxplural, Thiago Monteiro. A empresa é uma incorporadora e terceiriza a parte de construção civil. Lá, a contratação maior de mulheres começou a ocorrer com mais constância nos últimos dois anos.

Os números fazem parte da pesquisa A Inserção da Mulher no Mercado de Trabalho da Região Metropolitana do Recife, divulgada ontem pelo Dieese. Na RMR, a ocupação das mulheres aumentou 7,3% na indústria de transformação e 14,3% na construção civil, quando se compara 2013 com 2012. Isso significa que, das 4 mil novas vagas criadas na indústria de transformação, 3 mil foram ocupadas por mulheres. Já na construção civil, surgiram 10 mil novos postos de trabalho na RMR durante 2013, dos quais mil foram preenchidos por mulheres.

Na comparação de 2012 com o ano anterior, a quantidade de mulheres teve um incremento de 40% na construção civil, setor que se tornou a grande locomotiva do crescimento da economia de Pernambuco desde pelo menos 2010.

A pesquisa também traz um lado da história que se repete ano após ano: a discriminação da mulher no mercado de trabalho. E alguns indicadores deixam isso bem claro. Entre os desempregados, elas são 55%, enquanto os homens são 45%. “As trabalhadoras continuam ganhando menos, ocupam funções hierárquicas menores e têm uma participação menos intensa no mercado de trabalho”, resume a técnica do (Dieese), Milena Prado.

No Grande Recife, a taxa de participação da mulher no mercado de trabalho teve um crescimento muito pequeno no ano passado, alcançando 47,3%, contra os 46,6% de 2012. “O emprego também cresceu num ritmo menor do que os registrados nos anos anteriores”, afirma Milena. Ainda em 2013, a ocupação cresceu 0,8% para as mulheres e 1% para os homens na RMR. A pesquisa foi divulgada justamente na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, amanhã, dia 8 de março.

Fonte: JC Online
Foto: Google Imagens

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