Marcha das Vadias no Recife pede fim da violência sexual

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“Contra a opressão e a violência às mulheres” Foi sob esse slogan que centenas de pessoas se reuniram neste sábado, no centro do Recife, na terceira edição da Marcha das Vadias.

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“Contra a opressão e a violência às mulheres” Foi sob esse slogan que centenas de pessoas se reuniram neste sábado, no centro do Recife, na terceira edição da Marcha das Vadias. A caminhada começou na Praça do Derby e se encaminhou até o Pátio do Carmo, no bairro de São José.
 
Um pequeno panfleto, distribuído durante o percurso, sintetizava o ponto central dos discursos. “Na nossa sociedade, as mulheres que usam roupa curta, que escolhem seus parceiros ou buscam vivenciar sua sexualidade de forma livre, são vistas como vadias e desavergonhadas. Muitas vezes, elas são agredidas por isso e ainda culpabilizadas pela violência que sofrem”.
 
Entre os manifestantes (também havia homens), não faltaram garotas vestidas com pouca roupa, seios de fora e frases de protesto pintadas em seus corpos.
 
“Nossa bandeira é a da não culpabilização da mulheres diante das agressões que elas sofrem e pela plena autonomia dos seus corpos”, explica a psicóloga Wedja Martins, uma das organizadores do movimento na cidade.
 
De acordo com ela, a adesão à Marcha tem sido cada vez maior. “Em 2011, havia cerca de 300 pessoas. No ano seguinte, havia 1100. Este ano chegamos a duas mil pessoas”, avalia.
 
“Essa marcha deveria acontecer não apenas uma vez por ano, mas uma vez por semana para chacoalhar a sociedade. A mensagem é irônica, mas a causa é muito séria“, argumentou a dona de casa Patrícia Sampaio, que participava do encontro pela segunda vez.

A gente pede respeito

A terceira edição da Marcha das Vadias no Recife aconteceu simultaneamente em outras capitais brasileiras, como São Paulo e Belo Horizonte. Faixas e cartazes foram produzidos e muitos participantes tiraram parte da roupa como forma de protesto. Frases como “Meu decote não é um convite“, e “Beleza sem padrões“ foram pintadas no corpo das mulheres.
 
A estudante Anaisa Pereira fez questão de participar pela primeira vez da caminhada. “Eu sou feminista, vale a pena estar aqui. Toda mulher deve achar que merece mais respeito“, disse a jovem. A universitária Karla Mello também participou pela primeira vez do evento e estampou na camisa a frase “Respeito é sexy“. “Meu sonho é de um futuro para a minha filha com menos preconceito“, pediu.
 
O estudante Welleson Araújo decidiu apoiar as amigas e pintou o corpo também. “Vim lutar pelo feminismo, é importante estar na marcha, por tudo o que ela representa“, disse. A dentista Patrícia Sampaio, uma das organizadoras do evento, cobriu o corpo apenas com uma burca. Ela segurava um cartaz onde se lia  “E poder me assegurar. de burca ou de shorts, todos vão me respeitar“. “Você é julgado pelo o que você usa. A gente pede respeito“, falou.

Fonte: Diário de Pernambuco e G1
 

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