Única mulher da Bancada de Pernambuco no Congresso Nacional, a deputada Luciana Santos luta pela ampliação das mulheres nos espaços de poder desde seu primeiro ano de mandato. Entre outras atividades participou das campanhas “Mulher, Tome Partido” e “Mulher na Política”, como forma de ampliar o alcance do debate sobre a participação feminina nos Parlamentos.
Durante o ato “Somos todas mulheres de Tejucupapo”, a parlamentar apresentou uma plataforma de políticas para as mulheres e fez a defesa de uma Reforma Política, com lista fechada e alternância de gênero para garantir, de forma efetiva, a participação de mais mulheres nas Câmaras, Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional, além dos espaços do Poder Executivo.
A deputada Luciana lembra que o Brasil tem a menor taxa de participação feminina da América Latina, com menos de 9% na Câmara e 12% no Senado. Para ela, essa pequena participação não corresponde ao papel que a mulher desempenha atualmente na sociedade. “Nós cumprimos um papel decisivo, na construção do país, no entanto, não temos espaços na tomada de decisões dos rumos do país. E, por isso, é necessário a gente fazer esse enfrentamento”, argumenta.
A campanha “Mulher, Tome Partido” foi uma ação de incentivo a filiação de mulheres a partidos políticos. A atividade foi organizada pela Bancada Feminina, Procuradoria Especial da Mulher da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com apoio de organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas – ONU e a Secretaria de Política para as Mulheres da presidência da República.
Acesse aqui o livreto cartilha “Mulher, Tome Partido”
Outra campanha importante que contou com a articulação da Bancada Feminina e a participação da deputada Luciana Santos foi a “Mulher na Política” do Tribunal Superior Eleitoral – TSE. AO material de divulgação era composto por vídeo, spot e cartazes para estimular as mulheres a candidatarem-se a cargos eletivos neste ano. “Todo poder à mulher e a esperança de um Brasil mais equilibrado”, foi com essas palavras que o presidente da Corte, Marco Aurélio, marcou o lançamento da atividade.
Embora atividades de estímulo sejam importantes, Luciana acredita que só a Reforma Política pode mudar o quadro de sub-representação das mulheres nas esferas de poder. O financiamento privado das campanhas é um dos empecilhos para ampliar a participação feminina. Entre os candidatos, as mulheres estão entre os que possuem a menor arrecadação. Em 2010, o valor arrecadado não atingiu os 30%. Entre outras razões, este é um dos motivos pelos quais a deputada defende o financiamento público de campanha.
A proposta de lista fechada com alternância de nomes de homens e mulheres é outra proposta que conta com o apoio de Luciana e integra a Plataforma de Política para as Mulheres, apresentado no ato “Somos Todas Mulheres de Tejucupapo”. A proposta além de garantir de forma efetiva a participação das mulheres também estimula o debate de ideias com o fortalecimento dos partidos.
Veja aqui a Plataforma de Políticas Públicas para as Mulheres
Texto – Fabiane Guimarães
Foto – Richard Silva