Deputados, senadores e artesãos de diversas regiões do país participaram na manhã desta quarta-feira (17), do relançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Artesão e do Artesanato, que aconteceu no Salão Nobre da Câmara dos Deputados.
Para a deputada Luciana, que é coordenadora regional da Frente, é preciso dar “ao artesanato o lugar que ele merece dentro do cenário da economia criativa e dos desafios que nós temos num país que tem essa diversidade cultural, que tem essa capacidade criativa e inventiva do nosso povo e essa diversidade se representa com muita força no artesanato”.
Luciana parabenizou ao presidente da Frente, deputado Givaldo Vieira (PT/ES) e a senadora Fátima Bezerra (PT/RN) pelo protagonismo na defesa dos artesãos. Ela também saudou a presidenta da Confederação dos Artesãos do Brasil, Izabel Gonçalves. “Uma pernambucana arretada, que já foi vereadora em Lagoa do Carro que é um polo de artesanato e conhece de perto os desafios dessa cadeia produtiva”.
O principal foco da frente, por enquanto, será a regulamentação da profissão, já aprovada pelo Senado e atualmente em discussão pela Câmara. Vieira revelou que, na Comissão de Desenvolvimento Econômico, o projeto será relatado pelo deputado Helder Salomão (PT-ES), com parecer pela aprovação, e em seguida seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Se for aprovado sem alterações, poderá seguir para a sanção da presidente da República.
De acordo com o Ministério do Trabalho, 60% dos artesãos estão no meio rural, sendo 78% mulheres. O artesanato movimenta cerca de R$ 54 bilhões por ano e é um importante fator de redistribuição de renda e geração de emprego.
No cronograma da Frente já está agendado atividade durante a 16ª Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), que acontece entre os dias 2 e 12 de julho, em Pernambuco. Tradicionalmente a deputada Luciana realiza atividades dentro da feira que reúne artesãos de todo o país. Em 2014 o evento contou com mais de 5 mil expositores de 40 países. O público chegou a 301 mil visitantes, e a Feira, que recebeu investimento de R$ 5 milhões, movimentou R$ 40 milhões em negócios.
“Se de fato quisermos dar valor aquilo que é o principal legado da construção da nossa nacionalidade, que é a nossa cultura, nós temos que levar adiante essa reivindicação e essa luta para que isso se traduza em políticas públicas arrojadas que perpassem desde o micro empreendedorismo ao reconhecimento da cultura”, ressaltou.