Parlamentares do PCdoB ficaram convencidos da regularidade das contas do governo Dilma Rousseff no ano passado.
Ministro foi recebido por deputados comunistas na Liderança do partido na Câmara
Atendendo convite da presidenta do PCdoB, deputada Luciana Santos, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, participou do almoço da Bancada do PCdoB na Câmara dos Deputados, onde apresentou dados técnicos demonstrando a regularidade das contas do governo Dilma Rousseff em 2014. Nesta quarta-feira (8), ele mostrou aos parlamentares comunistas a resposta que será dada ao Tribunal de Contas da União (TCU), provando não haver fundamento nas ‘pedaladas fiscais.’
O governo federal tem até o dia 22 para explicar pontos questionados pelo TCU, órgão responsável pela análise das contas do Executivo. No dia 17, o tribunal adiou por 30 dias o julgamento desse balanço. O ministro Augusto Nardes pediu explicações sobre indícios de irregularidades apontadas pelo TCU por suposto descumprimento das leis de Responsabilidade Fiscal e Orçamentária Anual.
O ministro está fazendo uma maratona de debates com as bancadas do Congresso para esclarecer que não há nenhum problema nos dados fiscais. Na reunião com o PCdoB, Barbosa garantiu que as ações adotadas pelo Executivo foram feitas conforme a lei determina. O ministro enfatizou ainda que os questionamentos levantados pelo TCU não foram feitos em governos anteriores que tiveram a aprovação do tribunal. “Apresentamos à Bancada do PCdoB os pontos principais da nossa defesa e das nossas explicações preparadas para o TCU. Tudo o que foi levantado pelo tribunal foi feito dentro da legalidade e nunca foi contestado em gestões anteriores.”
À frente da Bancada do PCdoB, a deputada Jandira Feghali (RJ) demonstrou confiança nos Ministérios da Fazenda e do Planejamento. “Ficamos absolutamente convencidos de que não há nenhuma pedalada e que as contas estão absolutamente regulares. Conseguimos ver que não há sustentação técnico-jurídica para esta tentativa de reprovação das contas do governo. Esperamos que o conjunto do TCU dê um parecer coerente com o que o governo explicita como regular e correto.”
Na saída do encontro, o ministro analisou o cenário econômico brasileiro, destacando que o governo e o mercado esperam a queda da inflação nos próximos meses. Em 2016, o percentual deve ser bem menor, 5,5% ou menos.