A deputada Luciana Santos (PCdoB/PE), participou da abertura da 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, na tarde desta terça-feira (10) em Brasília. O evento acontece até o próximo dia 12 de maio, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, e reúne três mil mulheres, de todo o Brasil, para debater avanços relacionados aos direitos das mulheres e fazer o diagnóstico das conquistas obtidas nos últimos anos.
De acordo com Luciana, que é presidenta nacional do PCdoB, essa conferência é um espaço importante de participação e formulação coletiva. Ela acredita que o encontro enriquecerá o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres e o debate sobre a democracia. “Essa conferência acontece em um momento delicado da política brasileira, então se torna também um espaço privilegiado para denunciar o golpe contra a primeira mulher a presidir nosso país e para reafirmar a nossa disposição para defender a democracia”, comentou.
Recebida com muito carinho pelas delegadas presentes a presidenta Dilma Rousseff reafirmou que não cederá ao golpe e não renunciará ao seu mandato. “A história vai mostrar como o fato de eu ser mulher me tornou mais resiliente, mais lutadora. Queriam que eu renunciasse. A renúncia jamais passou pela minha cabeça. Asseguro a vocês que eu vou lutar com todas as minhas forças usando todos os meios disponíveis, meios legais, meios de luta”, disse.
A presidenta lembrou que não há nenhuma acusação de usar indevidamente o dinheiro público. “Todos os decretos dizem respeito a práticas límpidas, limpas, corretas. Se aplicado esse mesmo princípio, vários governadores do Brasil teriam também de sofrer processo de impeachment”. Ela também criticou as propostas do Plano Temer, que promete eliminar as obrigações dos gastos em saúde e educação e desvincular os benefícios do salário mínimo, entre outros retrocessos.
Dilma foi aclamada pelo plenário da conferência que em uníssono entoava “fica, querida” e enfatizou que seguirá lutando pelo seu mandato e pela democracia. “Carrego comigo os 63 milhões de brasileiros que não tinham atendimento médico e agora têm pelo Mais Médicos. Carrego em mim a força de vida dos 33 milhões de brasileiros que saíram da pobreza. Carrego comigo a força das mulheres e também dos homens que se tornaram protagonistas dos seus direitos nos últimos 13 anos.
Mais direitos, participação e poder para as mulheres
O processo conferencial, iniciado em junho de 2015 com as etapas preparatórias, mobilizou mais de 150 mil pessoas em torno do debate. “Estamos convictas da força e da luta das mulheres, nos mais diversos movimentos e organizações por todo o país”, afirma a secretária especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos.
Nesta edição, mais de 2,5 mil cidades participaram de conferências municipais e intermunicipais. Todos os Estados e o DF realizaram as suas etapas estaduais. Também foram promovidas conferências livres e uma Plenária Governamental, com ministérios, secretarias e instâncias do governo federal.
De Brasília;
Ana Cristina Santos
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
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