Foi instalada nesta terça-feira (31) uma Comissão Especial para analisar a Crise Hídrica no Brasil. A deputada Luciana Santos participará desse grupo de trabalho que tem como objetivo estudar e debater os efeitos da escassez de água no país e propor medidas para minimizar seus impactos.
“Estamos vivendo o pior período de seca dos últimos tempos. Um período que impacta em muitas dimensões da vida humana”, disse a deputada Luciana. Ela ressaltou que embora o cenário de saqueamento, êxodo e mortes característico dos períodos de secas há algum tempo tenha sido modificado pelas políticas mitigadoras e de convivência com a seca, ainda há grandes prejuízos, sobretudo na agropecuária. “O impacto da seca tem sido principalmente econômico porque várias regiões do semiárido, por exemplo, sobrevivem da pecuária”.
Analisando a situação do sudeste brasileiro Luciana lembrou que os frutos da crise hídrica comprometem não só o abastecimento de água, mas também a questão energética. “É preciso atentar para o impacto sobre a questão energética porque 70% da nossa matriz energética é baseado na hidroelétrica. A escassez de água fez com que fossem acionadas as usinas térmicas o que, consequentemente, elevou o preço da energia”.
Nos próximos dias a deputada Luciana deve apresentar requerimentos para audiências públicas e sessões temáticas no sentido de contribuir para o trabalho do relator, deputado Givaldo Vieira da Silva (PT/ES). “Foi uma decisão consequente a criação desta comissão pela gravidade do assunto. Associado à crise econômica e à questão climática a crise hídrica potencializa ou emperra a agenda do crescimento e da inclusão social, por isso este debate precisa estar na ordem do dia para o Brasil”.
Ela acredita que os trabalhos podem render bons resultados e contribuir para políticas públicas na área. “É um assunto instigante, de muitos desafios técnicos e que requer uma forte vontade política para fazer o enfrentamento. Estarei empenhada nessa comissão para ajudar na busca de soluções e na tomada de decisões sobre a gestão dos recursos hídricos do nosso país”, finalizou.
De Brasília;
Ana Cristina Santos