Brasil reduz emissão de gases-estufa

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Redução no desmatamento foi a maior responsável pelo cumprimento das metas voluntárias ligadas à redução dos gases.

desmatamentoO trabalho de combate ao desmatamento no Brasil auxiliou na redução das emissões de gases-estufa, que atingiu o menor índice dos últimos 20 anos. Entretanto, apesar dos esforços, especialistas afirmam que a redução só será totalmente eficaz quando todos os setores se empenharem nesta meta.

Para o secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, apesar da redução significativa, o cenário brasileiro ainda aponta certa acomodação por parte de alguns setores, com relação à emissão de gases. De acordo com dados do governo, a agropecuária foi apontada como a principal fonte de emissão dos gases. Outro responsável por grande parte das emissões é o setor energético. De acordo com o Sistema de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito Estufa (Seeg), houve um aumento de 126%, entre 1990 e 2012, neste setor.

 

Por ser um país em desenvolvimento, o Brasil não tem a obrigação de reduzir as emissões de gases. Mesmo assim, em 2009, o governo criou a meta voluntária de cortar entre 36,1% e 38,9% em relação a valores projetados até 2020.

Durante a 2ª Conferência Globe Internacional para Mudanças Climáticas, realizada nesta semana, foi apresentado dados de avanços do Brasil no cumprimento das metas voluntárias de redução das emissões de dióxido de carbono ligadas à queda do desmatamento. “Cumprimos 76,1% das metas voluntárias de redução de gases de efeito estufa previstas para 2020, que eram de reduzir entre 36,1% e 38,9% as emissões.”

Recife comprometido com a redução de gases

No final do ano passado, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), participou da Conferência sobre Mudanças Climáticas, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), em Varsóvia, na Polônia. Durante o evento, o prefeito afirmou que Recife será a primeira cidade das regiões Norte e Nordeste a medir a quantidade de gases de efeito estufa produzidos na cidade e estabelecer metas gradativas de redução desses poluentes até 2020. No Brasil, apenas Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte possuem programas do gênero.

“As cidades devem ser incluídas nesta discussão, pois é nelas onde as pessoas vivem, produzem seu lixo e utilizam os seus veículos. Também porque somente os poderes locais são capazes de envolver as pessoas por uma vida mais sustentável”, afirmou Geraldo. “No entanto, para que as cidades possam fazer a sua parte é preciso que sejam recebam financiamento e tecnologia.”

De Brasília;
Rejane Evaristo,
Com Folha de S. Paulo

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